COLEÇÃO DEIXAR IR

É como a sombra repentina que lhe envolve, onde a esperança se confunde com a incerteza. Ninguém responde... Devo silenciar, sentir a dor? Só quero lhe ouvir batendo na minha porta.

Último adeus? Despedaço por inteiro. Surgem duas escolhas: sentir agora ou mais tarde.

O processo da dor é inevitável e, apesar de doloroso, se torna necessário. Tudo se encontra, é um turbilhão de sentidos, sentimentos e emoções. Um abalo, repentino. Inesperado e abrupto estilhaço, o vazio. Seguido da confusão, a fúria, do sentir que nada é justo. Perder-se em suposições sobre como a vida seria. Angústia, dor e incômodo surgem, sem temor, no coração..

"Deixar Ir" surge com a inspiração nos estágios do luto. Aqueles, vistos como uns dos mais árduos, obscuros e, também, temíveis da vida. Assemelham-se com uma montanha russa de sentimentos, que traz consigo um turbilhão inesperado. Deixar ir não significa esquecer mas, diariamente, buscar seguir
em frente.